segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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O alto grau de ansiedade e inquietude que se percebe nos dias que correm, nos seres humanos, tem facultado a busca de enganosas companhias e ensurdecedores barulhos que apenas preenchem espaços e não vazios. Liga-se a televisão simplesmente por companhia, ouve-se o rádio para quebrar a “monotonia” do silêncio. É o homem buscando nas máquinas a compensação dos seus desencontros com o outro, com o próximo.
O homem foge do encontro consigo, com medo de identificar sua vacuidade, cair na realidade da sua solidão.
A vivência enfermiça do exacerbado individualismo tem feito corações sozinhos em meio a grandes rodas de alarido e banzé.
Emendam-se os dias em “diversão”, para não quebrar a corrente da ilusão — de que se é “feliz”.



Livro:  Construção Interior

José Medrado, pelo Espírito Murion

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