quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Linguagem.

Dança, a mensagem sublime da alma emitida por mãos, braços, pontas, olhares e expressões.
O coração batendo forte, o sangue correndo a mil por hora.
O cansaço, as festas perdidas, os relacionamentos deixados para trás compensados pelas palmas de duas mãos que se chocam e ecoam pelo teatro, mutiplicadas por um milhão e divididas por nada, afinal, não importa o quanto o palco esteja cheio, a plateia é sua e você é da plateia. Uma doação mútua. Uma ligação intensa mesmo que por apenas alguns minutos.
Os grandes olhos atentos.
Não querem perder nenhum movimento daqueles que repetimos milhares de vezes e exibimos apenas algumas.
A música toca, os focos se acendem.
Os olhos brilham e o jogo começou. Apenas alguns minutos pra dar vazão a tudo aquilo que sua alma quiser expressar. Sentimentos, palavras, lições, risadas. Corra! Não perca tempo! Não erre nenhum passo!
Ecstasy.
O ar não entra nos pulmões, os gritos não terminam nunca, você não consegue pensar em nada além de continuar dançando, afinal, seu corpo pode estar cansado, mas nunca o bastante pra parar. As palmas acabaram, as mãos ainda tremem, o suor ainda escorre e as lágrimas não conseguem parar de descer.


Que se danem os amores perdidos. Eu amo dançar!

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